A sequência didática a seguir sugere uma discussão sobre as diversas formas de propagação de doenças a fim de esclarecer porque a gripe A exige medidas mais rigorosas. Com isso, os alunos podem também comparar a prevenção de diversas doenças e estabelecer relações entre elas, como agente causador da enfermidade e formas de contágio.
É proposto também a criação de uma cultura de bactérias, a fim de mostrar aos alunos que nem todos os microrganismos são capazes de provocar doenças e muitos deles são benéficos à saúde.
- É comum várias pessoas ficarem doentes no mesmo período de tempo? Por que isso acontece? - Vocês conhecem algumas formas de proliferação de doenças? A dengue, por exemplo, como ela se espalha na população?
A partir dessa conversa inicial, é possível perceber se seus alunos conhecem algumas formas de contaminação e se sabem que os microrganismos são os principais causadores de doenças. Você pode voltar à lista inicial para investigar que conhecimentos a turma tem sobre as formas de contaminação dessas enfermidades.
As epidemias acontecem quando há um rápido aumento no número de casos de contaminação em um curto período de tempo. As principais formas de se contrair uma doença infecciosa são por meio do ar, ingestão de água ou alimentos contaminados e contato direto com algum animal infectado.
A dengue é um tema interessante para se iniciar uma conversa sobre formas de contágio. É muito provável que os alunos já tenham informações sobre o assunto, mas talvez equivocadas. A mídia traz uma abordagem com foco na zoonose, dando ênfase à questão do mosquito, o que pode levar a pensar que ele é o causador e não o transmissor da doença. Pergunte aos seus alunos o que eles sabem sobre o assunto. Trazer panfletos de divulgação e campanha ou matérias de jornal para análise em sala de aula é uma estratégia que pode ajudá-lo a apresentar ou aprofundar essa discussão.
Proponha à turma formar equipes. Cada uma deverá ler textos sobre algumas doenças, ou, se preferir, faça a leitura com elas, analisando as informações e explicando alguns termos, como, por exemplo, os nomes em itálico que se referem aos microrganismos. Veja aqui alguns exemplos de doenças contagiosas:
Salmonelose - causada pela ingestão de alimentos de origem animal, principalmente carne de frango e ovos, contaminados pela bactéria Salmonella.
É importante esclarecer que, para algumas dessas doenças, e também para muitas outras, existem vacinas, isto é, são passíveis de prevenção. As vacinas associadas às medidas de profilaxia são a maneira mais eficiente de evitar a contaminação.
Analise quais relações os alunos fazem entre doença e contaminação. No caso da gripe A, evitar o contato com pessoas infectadas e lavar bem as mãos são boas maneiras de escapar da doença. Ao espirrar ou tossir, uma pessoa espalha no ambiente milhares de gotículas de saliva e cada uma delas pode conter muitos vírus Influenza, causadores da gripe. Algumas dessas gotículas podem contaminar uma pessoa saudável ao serem levadas pelo ar para as vias respiratórias. Caso considere importante, construa com os alunos pequenos cartazes para socializar e divulgar com os demais alunos da escola os conhecimentos trabalhados nesta aula como: o que são doenças contágiosas, as formas de contágio e como se prevenir.
É comum as crianças reconhecerem que as doenças são causadas por microrganismos, porém, geralmente o colocam em uma única categoria, chamando-os de germes ou bichinhos. Informe a eles que existem muitos organismos que não são vistos sem o auxilio de potentes microscópios, mas que, quando analisados cuidadosamente, pode-se perceber que possuem estruturas e necessidades fisiológicas diferentes e, por isso, recebem nomes distintos.
Os vírus, por exemplo, não têm célula e são parasitas obrigatórios, isto é, necessitam de outro organismo para sobreviver e se reproduzir. Já as bactérias são constituídas por células, podem viver livres em um ambiente ou dentro de organismos. Muitas espécies de bactérias não são patogênicas e algumas são muito importantes para outros seres vivos, como as que vivem dentro de nosso intestino e nos ajudam a digerir alguns alimentos.
Nesse momento, seria interessante você apresentar aos alunos fotos e artigos que mostrem e informem como são esses seres. Existem fotos feitas por micrografia eletrônica, disponíveis na internet, que ajudam na compreensão de como é a morfologia desses microrganismos.
Para mostrar às crianças que as bactérias estão em praticamente todos os lugares, inclusive em nosso corpo, sugira à classe que façam uma pequena cultura, a partir de bactérias coletadas de diversos locais, inclusive da pele. Mas procure evitar o pânico, dizendo que essas não são bactérias nocivas à nossa saúde e que a pele se encarrega de impedir que elas penetrem em seus corpos.
Antes da leitura, peça atenção às informações para procurar identificar qual é o agente causador da doença e a forma de contágio. Após a leitura, converse com os alunos sobre como cada um pode contribuir para evitar uma epidemia. Relacionar a gripe A com a dengue pode ser interessante.
Você também pode pedir para que a turma marque em um mapa-múndi os locais onde já apareceram casos. O mapa poderá ser atualizado conforme forem surgindo novos casos, dessa forma, o assunto sempre poderá ser retomado pela classe. Outra sugestão é abordar também outras epidemias como a gripe aviária, a gripe espanhola ou o surto de ebola. Há uma grande gama de possibilidades a serem trabalhadas com esse tema. Procure adequar o conteúdo à capacidade de sua turma.
Avaliação Avalie os panfletos. Nesse material é importante que apareçam os conteúdos trabalhados nas aulas, como a diferença entre vírus e bactérias, as bactérias nocivas e não nocivas, o que é a gripe suína, formas de contágio e cuidados.