segunda-feira, 1 de março de 2010

UMA HISTÓRIA PARA SER CONTADA

Estado do Rio de Janeiro
Prefeitura Municipal de São João da Barra
Secretaria Municipal de Educação e Cultura

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

PROJETO: UMA HISTÓRIA PARA SER CONTADA


1. OBJETIVO: Elaborar um memorial, uma proposta para que o indivíduo escreva sobre si mesmo situando-se histórica, geográfica e socialmente no mundo em que está inserido. Exercício de autoconhe...


2. ETAPAS PARA CONSTRUÇÃO DO MEMORIAL.


1. IDENTIFICAÇÃO

2. INTRODUÇÃO

3. FORMAÇÃO EDUCACIONAL

4. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

5. PERSPECTIVAS DE ESTUDO

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O foco para se definir uma política para a educação de jovens e adultos e para a formação do educador da EJA deveria ser um projeto de formação que colocasse a ênfase para que os profissionais conhecessem bem quem são esses Jovens e Adultos, como se constroem como jovem e adulto e qual a historia da construção desses jovens e adultos populares. (Arroyo-2006, p.25)

Memorial pessoal:
Onde relatam em forma narrativa livres suas vidas dando ênfase ao aspecto educacional. Com caráter de análise e reflexão que mostre qual é a sua trajetória pessoal.

Memorial Descritivo:
Elaborar um memorial descritivo é reconstituir a própria existência.
É um retrato crítico do indivíduo visto por múltiplas facetas através dos tempos.
Levar em conta as condições, situações e contingências que envolvam o desenvolvimento profissional.
Destacar relações estabelecidas com o mundo que possibilitem a construção do profissional.
Memorial é auto-avaliativo e acaba se tornando um instrumento confessional de sonhos.

Memorial Fotográfico:

Exemplo de memorial, pois torna-se um exemplo porque é das formas mais comuns de prestar uma homenagem a alguém. Tipo de memória que vemos quase por todo o lado. Faça o seu projeto com as suas fotos. De cara para o mundo, toda a gente olha a minha cara, em escultura, sou apenas uma memória...
Que tal fazermos um álbum de tipos de profissões encenadas por alunos.

Memorial Fotográfico Histórico:

Uma pesquisa pela cidade de tipos de memoriais existentes: estátuas, bustos, placas, nome de ruas, nome de prédios, e que tipos de profissionais se envolveram na construção dessa memória. A sua história pode estar envolvida na história de sua cidade!

CONSTRUÇÃO DE CONCEITOS A PARTIR:

CONHECIMENTOS PRÉVIOS
AUTONOMIA
AUTO-ESTIMA
RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO
PRÁTICA NA PERSPECTIVA DE FORMAÇÃO DO CIDADÃO
RELAÇÃO ENTRE SABER ESCOLAR RELAÇÃO COM O TRABALHO.
INVESTIGAÇÃO DA PRÁTICA

SUGESTÕES DE ATIVIDADES:

OBS. O grau de dificuldades e adequação depende de cada ano/fase e nível da turma.

MATEMÁTICA - PROBLEMAS CRIATIVOS E LÚDICOS: QUE PROPORCIONE A SOCIALIZAÇÃO.

*Soma de abdominais: Como parte de seu programa de ginástica, Beto decidiu fazer abdominais toda manhã. Em 1o de agosto ele fez apenas uma; no dia 2 de agosto fez três abdominais; no Dia 3 de agosto ele fez cinco e no dia 4 de agosto fez sete.
Suponha que Beto tenha continuado a aumentar o número de abdominais a Cada dia, seguindo este padrão durante todo o mês da abril. Quantas abdominais ele fez no dia 15 de abril? Quantas abdominais ele fez até o dia 15 de agosto?


*Se convidarmos um grupo de amigos para o nosso jantar de anos e quisermos preencher uma mesa de quatro pessoas, podemos ter de escolher os nosso três companheiros de entre cinco amigos. Mas o António está zangado com a Beatriz, sua antiga namorada. E esta e o Carlos são inseparáveis. Ora o Carlos, que é amigo do António, está de relações cortadas com o Daniel. E este, por seu turno, não dá um passo sem trazer consigo a Eduarda, que não pode ver o António à frente. Como se resolve este quebra-cabeças?»

* Tempo Cronológico


GEOGRAFIA:

*Entrevista de qualidade com profissionais da área portuária.

*Memorial geográfico com gráfico de localização de Estados e cidades que alguns dos alunos moraram ou trabalharam (existem pessoas que já moraram em vários lugares do país e seria legal trabalhar essa rota em sala com a turma.)

*Levar os alunos a situar – se geograficamente usando variados pontos de referencia dentro do território nacional.


HISTÓRIA: Sua voz sua vez! Estudo, pesquisa e Registro do aluno cidadão. Tudo seguindo por:

*Uma linguagem atraente (coloquial, divertida) – requisito fundamental para fazer o aluno se envolver e querer apropriar-se, aprofundar-se, do conhecimento ali inscrito.

*Um trabalho em conjunto da expressão verbal e não verbal, da referencial e da metafórica;
*Uma introdução, para posterior aprofundamento, do conceito de ideologia, já que a linguagem é por ela permeada, sendo um eixo de unidade fundamental na abordagem dos conteúdos das duas disciplinas;

*A possibilidade de traçar uma visão geral do percurso do estudo feito e os tipos de relações humanas decorrentes deste processo.

*Levar o aluno a situar – se historicamente w socialmente no mundo. Explore temas e conteúdos relacionados ao assunto.

ARTE:
*A arte de fazer um blog. O blog fala de você!

*Como você vê o trabalho de criação de uma platéia? EX:Torcida organizada

*Arte culinária. Culinária também é cultura, milenarmente as receitas foram transmitidas de geração em geração, antes de surgirem a imprensa e os livros de receitas.

*Reflexão sobre imagens de denotação filosófica; ex. Mito da caverna.

* Análise dos artigos dos Direitos Humanos.

*Biografia de pessoas locais.

*Uso de reportagens sobre pessoas da localidade.

EDUCAÇÃO FÍSICA:

* A Criação de Jogos no Contexto Escolar. Incentivo a recriar.

*Ou reinventar novas técnicas e usos de jogos.

*Introduzir novos caminhos e métodos de determinada atividade física.

* Diferenças físicas de cada um e suas influência nas habilidades motoras.

INGLÊS:

*O que seu aluno aprendeu dessa língua cada vez mais necessária aqui entre nós?
Ex. Tradução de músicas ou poemas específicos para o projeto.

PORTUGUÊS: MEMORIAL – Sua construção e sua correção.

*Bibliografia e a diferença para um memorial descritivo.
*DINÁMICA:
Faça um grande arco com as cadeiras, distribua pequenas folhas de papel em branco, e peça aos alunos pra escreverem em segredo o que ele desejaria para a classe durante o período letivo. Depois começando pelas pontas do arco, você faria a troca dos bilhetes, só que cada par leria para o outro o que ele mesmo escreveu, recaindo sobre ele o próprio desejo. Ao final discutiria com a turma os bons e maus desejos.

*Fábulas contemporâneas.

*TRIBUNAL DO SABER:
Tente fazer com que os alunos deixem de ser os receptores e passem a ser uma parte integrantes da aula. Divida os alunos em grupos e peça-lhes que escolham temas relacionados com a matéria, depois é fazer uma votação para ver qual o tema foi escolhido, a partir daí, é simples, faça uma espécie de prós e contras, isto é, um grupo terá que defender a sua posição favorável ao tema, e o outro grupo terá que defender o contrário. Geralmente, os alunos gostam deste tipo de intercâmbio de idéias. Faça como se tivessem num tribunal de opinião, de um lado os prós e de outro os contras, frente a frente.


Obs. O uso de dinâmica é muito bom para o desenvolvimento intra e interpessoal. Trabalhe mais com elas!

CIÊNCIAS:

*Diferenças entre pessoas (genética)

*Evolução da escrita uma descoberta científica.

Textos:
Coleção Cultura e Trabalho

Retirado da coleção cadernos de EJA disponível na Internet.
Existe um link em nosso blog para essa página.
PESQUISE E USE É FEITO PARA VOCÊ PROFESSOR!


PERGUNTAS DE UM TRABALHADOR QUE LÊ.

TEXTO 15
Bertold Brecht

Quem construiu a Tebas de sete portas?
Nos livros estão nomes de reis.
Arrastaram eles os blocos de pedra?
E a Babilônia vária vez destruída. Quem a
reconstruiu tantas vezes? Em que casas da Lima
dourada moravam os construtores?
Para onde foram os pedreiros, na noite em que
a Muralha da China ficou pronta?
A grande Roma está cheia de arcos do triunfo.
Quem os ergueu? Sobre quem triunfaram os
césares?
A decantada Bizâncio tinha somente palácios para
os seus habitantes? Mesmo na lendária Atlântida
os que se afogavam gritaram por seus escravos
na noite em que o mar a tragou.
O jovem Alexandre conquistou a Índia.
Sozinho?
César bateu os gauleses.
Não levava nem sequer um cozinheiro?
Filipe da Espanha chorou, quando sua Armada
naufragou. Ninguém mais chorou?
Frederico II venceu a Guerra dos Sete Anos.
Quem venceu além dele?
Cada página uma vitória.
Quem cozinhava o banquete?
A cada dez anos um grande Homem.
Quem pagava a conta?
Tantas histórias.
Tantas questões.


A CULINÁRIA TAMBÉM É CULTURA

Cozinhar é uma arte: é preciso ter
“mão” para doces e salgados. Milenarmente
as receitas foram transmitidas
de geração em geração, antes de surgirem
a imprensa e os livros de receitas. Mas
os hábitos alimentares também foram se
alterando de geração em geração: pratos
antigos caíam em desuso, como a vitela com
purê de rosas dos romanos ou o pão com
cebola e cerveja dos antigos egípcios. E também
a cada geração foram surgindo pratos
novos, principalmente quando se difundiam
novos ingredientes, como o açúcar que
o Ocidente recebeu primeiro do Oriente e
depois das Américas, ou o milho, a batata,
a mandioca e o tomate, conhecidos só nas
Américas antes de sua “descoberta” por
Colombo.
Alguns pratos tradicionais brasileiros
têm origens curiosas. A feijoada, o prato
nacional das grandes ocasiões, surgiu nas
senzalas: as negras aproveitavam as partes
do porco que os brancos desprezavam e
jogavam fora, como os pés, rabo, orelha,
focinho.... O cuscuz paulista era o prato
habitual dos bandeirantes em suas prolongadas
expedições, pois seus ingredientes, a
farinha de milho e o peixe seco, conservados
em alforjes de couro, não se deterioravam
e se mantinham comestíveis durante
muito tempo.
Os conventos de freiras, na Colônia,
eram palco de experimentações culinárias
com o então novo ingrediente, o açúcar. O
antropólogo Gilberto Freyre anotou que as
referências mundanas ficaram evidenciadas
em nomes de doces como “baba de
moça” e “beijo de frade”.
Cultura e culinária


TEXTO 5
Receitas são transmitidas de geração em geração há séculos

Renato
Pompeu
Foi lançado em Curitiba o projeto Mercado
Alternativo do Movimento Hip-Hop
Organizado do Brasil, o MH20, cujo objetivo
é promover, por meio da cultura do hiphop,
a montagem de uma cadeia produtiva.
Cerca de 140 jovens, com idade entre 16 e 24
anos, desempregados, de baixa renda e que
nunca tiveram a carteira de trabalho assinada,
participaram da primeira fase do projeto.
Depois, são selecionados no máximo cinqüenta
participantes para atuar nas seis empresas
que serão administradas por eles.
Os ramos de atuação das empresas são:
serigrafia, estúdio de gravação de CD, estúdio
de vídeo, eventos, adereços, e uma loja – que
irá escoar toda a produção de roupas, acessórios,
documentários e videoclipes, entre outros
produtos. Tudo seguindo o estilo da cultura
hip-hop. Os participantes receberão qualificação
profissional para administrar um pequeno
negócio.
O projeto prevê aulas diárias: teoria no
período da manhã e prática à tarde, sobre
como administrar empreendimentos, escolher
fornecedores, determinar preços dos produtos,
como lidar com concorrentes, entre outros
temas. Terminado o projeto, as empresas continuarão
no mercado, com o acompanhamento
e o suporte do MH2O.
O MH2O faz parte do programa Empreendedorismo
Juvenil, do Ministério do Trabalho e
Emprego, MTE, vertente do Programa Nacional
de Estímulo ao Primeiro Emprego.

Extraído do site: http://www.mte.gov.br
Jovens de baixa renda iniciam atividades do
projeto MH2O, baseado no mundo do hip-hop.


ESTÉTICA DO OPRIMIDO
A arte e o trabalho
TEXTO 12
Para além do palco fica o ser integral

O ser humano, diferentemente de todas
as outras espécies de animais, é capaz
de se ver agindo, de analisar a situação em
que se encontra e, como um diretor, dirigir
a ação. Como figurinista tenta adequar sua
aparência à situação e ao cenário onde vai
atuar. Como dramaturgo produz o texto
conforme a ocasião. Como ser humano é
capaz de representar a realidade, recriar o
real em imagem, para entender sua existência
e imaginar sua ação futura.


Recriar o mundo
O Teatro do Oprimido atua nesse sentido,
estimulando as pessoas a descobrirem
o que já são, a revelarem para si próprias
que são potência, que, por serem capazes
de metaforizar o mundo, ou seja, de representá-
lo, são capazes de recriá-lo. O objetivo
é que essa descoberta ou redescoberta
permita que cada um se aproprie do que originalmente
é seu: a capacidade de ver-se
agindo, de analisar e recriar o real, de imaginar
e inventar o futuro. Para ajudar cada
um a descobrir essa potência e capacidade
transformadora, promovem-se atividades
artísticas em quatro eixos:

1. Palavra: falada/escrita: os participantes produzem poesias, poemas, reflexões: “o que mais me impressionou” (relato sobre situações
que impressionam os participantes no dia-a-dia), “declaração de identidade”
(carta para algum interlocutor – conhecido ou não – com descrição do remetente), artigos, contos, além de textos dos espetáculos.

Augusto Boal dirigindo Sérgio Ricardo no Teatro de Arena. São Paulo, 1968.

2. Imagem: atividades de artes plásticas, com produções de desenhos, figuras,
criação de esculturas a partir de objetos encontrados; fotografia – análise do
mundo que nos cerca e, criação de cenas e espetáculos.

3. Som: sonoridade: pesquisa sonora, descoberta do potencial da voz, instrumentos existentes / inventados, música e criação de dança a partir de movimentos da vida cotidiana.

4. Ética: diálogos / conversação: promoção de encontros com especialistas e promoção de centros de estudos de: filosofia, história, ecologia, economia, política e vida social. O trabalho da estética do oprimido vem sendo desenvolvido de maneira experimental desde 2003, com integrantes dos Grupos Populares de Teatro de Oprimido coordenados pelo CTO – Rio, no Rio de Janeiro, assim como em workshops internacionais.

Teatro do Oprimido
Método estético que sistematiza exercícios, jogos e técnicas teatrais que objetivam a desmecanização física e intelectual de seus praticantes, e a democratização do teatro. O TO cria condições práticas para que o oprimido se aproprie dos meios de produzir teatro e assim amplie suas possibilidades
de expressão. Além de estabelecer uma comunicação direta, ativa e propositiva entre espectadores e atores.

Fonte P http://www.ctorio.org.br/ Compõem a metodologia

Teatro jornal
Conjunto de nove técnicas para teatralizar notícias de jornal e para perceber os significados ocultos de cada uma. Criada em 1971, no teatro de Arena de São Paulo, esta técnica foi muito usada na época da ditadura militar brasileira para revelar informações distorcidas pelos jornais à época, todos sob censura oficial.

Teatro imagem
Técnica teatral que transforma questões, problemas e sentimentos em imagens concretas.A partir de leitura da linguagem corporal, busca-se a compreensão dos fatos, porque a imagem é real enquanto imagem.

Teatro invisível
Teatralização de uma cena do cotidiano apresentada no local onde realmente poderia acontecer, sem que se identifique como evento teatral. Desta forma, os espectadores são reais participantes, reagindo e opinando espontaneamente à discussão provocada pela encenação.

A GEOGRAFIA DO SABOR

TEXTO 14
NORTE
NORDESTE
CENTRO-OESTE
SUDESTE
SUL
Um mapa gastronômico do Brasil

MANIÇOBA
Região Norte
(15 porções)
Ingredientes
• 20 maços grandes de folha de maniva
(mandioca)
• 1/2 kg de toucinho fresco, de porco,
sem o couro
• 1 kg de lombinho de porco
• 1 kg de lingüiça de porco fresca
• 1 kg de costelas de porco frescas
• 1/2 kg de chouriço
• 1 kg de bucho
• 1 kg de charque magro
• 250 g de toucinho defumado magro
• 2 rabos de porco frescos
• 3 paios
• 3 folhas grandes de louro
• 2 cebolas grandes
• 4 dentes de alho grandes
• 1 pimentão verde grande
• 3 tomates grandes, maduros e firmes
• 1 colher (sopa) bem cheia
de banha de porco
• 1 colher (chá) cheia de cominho em pó
• pimenta-do-reino preta em grãos
• sal
Preparo
Lave bem as folhas de maniva sem os talos
e passe pela máquina de moer carne,
chapa fina. Coloque em um panelão com
bastante água. Logo que ferver, junte 1 colher
(sopa) cheia de sal e o toucinho fresco
cortado em pedaços pequenos. Cozinhe
em fogo bem brando durante quatro dias.
À medida que for secando, acrescente
mais água. No quarto dia, escalde três
vezes as carnes.
Lave bem o charque para retirar o excesso
de sal. Corte o lombinho, o bucho e o charque
limpos, em pedaços médios.
Corte a lingüiça em roletes e separe as costelas
de duas em duas.
Acrescente à maniva primeiro as carnes
mais duras (como o charque) e depois os
rabinhos de porco, as costelas, o bucho e
o lombinho de porco.
Por último, acrescente a lingüiça, o chouriço,
o pedaço de toucinho defumado sem
o couro e os paios inteiros.
Na panela, coloque o louro aos pedaços e
água que dê para cobrir as carnes.
Quando tudo estiver cozido – vá acrescentando
um pouco mais de água conforme o
necessário – e quase sem caldo, derreta a
banha de porco, esquente e doure o alho
socado com 1 colher (sopa) cheia de sal,
junto com as cebolas batidinhas.
Junte o pimentão e os tomates bem picados,
tempere com o cominho e 1 colher (chá)
cheia de pimenta-do-reino moída na hora.
Refogue tudo muito bem e misture com a
maniçoba. Mexa e prove o sal. Sirva quente,
com arroz branco simples, farinha-d’água e
molho de pimenta.

PAMONHADA
Região Centro-Oeste
(12 porções)
Ingredientes
• 36 espigas de milho verde duro, com as
palhas
• 1/2 kg de banha de porco
• 1 queijo minas
• sal
Preparo
Rale o milho e raspe os sabugos com faca
afiada. Derreta e esquente a banha de
porco e misture com a massa de milho.
Tempere com sal, a gosto.
Acrescente o queijo cortado em cubinhos
e mexa bem. Separe as palhas de milho
mais tenras, as que ficam mais próximas
do sabugo. Ajeite uma palha dentro da
outra, com as pontas para fora.
Coloque no centro das palhas casadas uma
concha rasa de massa de milho.
Dobre as bordas e as pontas para dentro, uma
sobre a outra, e amarre como um embrulhinho.
Cozinhe em bastante água fervente.
A pamonha está cozida quando a palha
ficar toda amarela e meio murcha. Retire
para uma peneira de tala e deixe escorrer.
Sirva quente, morna ou fria.
No lugar de queijo, pode-se empregar carne
de porco (1 kg) picadinha e frita, ou
lingüiça de porco (1 kg) cortada em rodelinhas
e também frita.

VIRADO À PAULISTA
Região Sudeste
(12 porções)
Ingredientes
• 1 kg de feijão-mulatinho selecionado e
lavado
• 3 folhas grandes de louro
• 6 dentes de alho grandes
• 2 cebolas grandes
• 1 maço bem grande de cebolinha verde
• 1 kg de toucinho defumado magro e
sem o couro
• o couro do toucinho
• farinha de milho flocada
(amarela ou branca)
• pimenta-do-reino preta em grãos
• sal
Preparo
Cozinhe o feijão em 3 litros de água com
1 colher (sopa) cheia de sal, o louro e o
couro do toucinho, até que os grãos
estejam macios, porém inteiros.
Pique o toucinho em bastões curtos e
grossos e frite até obter torresmos bem
sequinhos.
Soque o alho com 1 colher (chá) rasa de
pimenta-do-reino moída na hora e com
1 colher (sopa) cheia de sal. Doure essa
pasta de alho na gordura dos torresmos,
junto com as cebolas batidinhas.
Misture esse refogado com os grãos do
feijão (apenas os grãos) e acrescente a
cebolinha cortada miudinho e 3 xícaras
cheias com o caldo do feijão.
Abaixe o fogo de médio para brando e
vá adicionando farinha de milho, sem
parar de mexer com colher de pau até
obter um virado bem úmido. Sirva bem
quente, com os torresmos por cima.

SIRI NO BAFO
Região Sul
(8 porções)
Ingredientes
• 24 siris
• 4 limões grandes, cortados em gomos
Preparo
Ferva bastante água num caldeirão grande
colocado sobre a trempe de três pedras
sob a qual se armou o fogo forte.
Cubra o caldeirão com uma peneira grande,
de tala, e aí vá arrumando aos poucos
os siris bem lavados.
Quando os siris ficarem vermelhos, é sinal
de que estão no ponto.
Quebra-se a carapaça do siri com uma
pedra limpa e come-se a carne com suco
de limão.
Se julgar necessário, prepare um molho
de pimenta fresca para acompanhar os
siris. E sirva, também, farinha de mandioca
branca e crua.
Texto escrito por Página Viva.
Quem construiu a Tebas de sete portas?
Nos livros estão nomes de reis.
Arrastaram eles os blocos de pedra?
E a Babilônia várias vezes destruída. Quem a
reconstruiu tantas vezes? Em que casas da Lima
dourada moravam os construtores?
Para onde foram os pedreiros, na noite em que
a Muralha da China ficou pronta?
A grande Roma está cheia de arcos do triunfo.
Quem os ergueu? Sobre quem triunfaram os
césares?
A decantada Bizâncio tinha somente palácios para
os seus habitantes? Mesmo na lendária Atlântida
os que se afogavam gritaram por seus escravos
na noite em que o mar a tragou.
O jovem Alexandre conquistou a Índia.
Sozinho?
César bateu os gauleses.
Não levava nem sequer um cozinheiro?
Filipe da Espanha chorou, quando sua Armada
naufragou. Ninguém mais chorou?
Frederico II venceu a Guerra dos Sete Anos.
Quem venceu além dele?
Cada página uma vitória.
Quem cozinhava o banquete?
A cada dez anos um grande Homem.
Quem pagava a conta?
Tantas histórias.
Tantas questões.

Bertold Brecht (1898/1956): Dramaturgo e poeta alemão, foi um dos maiores críticos sociais de seu tempo, e ficou conhecido pelo estilo irônico de sua obra, que inclui letras de músicas

Tem muito mais...
É só você PESQUISAR.
MÃOS A OBRA!!!!!!!!!!!

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

Nenhum comentário:

Postar um comentário